Sobre Bossa Nova e vida

Quanto mais o tempo vai passando, acho que percebemos que de fato ele nao está trabalhando a nosso favor. Me dou conta, sem querer que outubro já está chegando ao fim, e com ele as histórias que ouço de vocês sobre viagens, os amigos, as reuniões se intensificam e a gente sente que não precisa/e não quer ir embora, nao é? E olha eu aqui, falando como se fosse uma estrangeira. Mas eu não vou pra lugar nenhum, pelo menos por enquanto. Por isso, essa sensação de estar em um lugar de trânsito, como em uma estação de trem, é algo contraditório em todos os sentidos. A possibilidade de conhecer todos vocês, na chegada é incrível, proporcional a sensação de mergulhar em realidades de lugares diferentes, sem precisar sair do lugar. (mas é claro que a mente viaja até desses países, querendo o mais breve possível conhecer pessoalmente todos eles). Mas, conforme o tempo passa, percebemos que ele é curto demais, e que esse “trem” continua seu caminho, vocês vão e a gente (pelo menos por enquanto) continuamos aqui.

Naquela aula nossa sobre Bossa Nova, em que a Cláudia, mãe da Ana tocou, acho que deu bem pra sentir a integração entre todo mundo. E nesse dia, achei lindo mesmo vê-los todos assim, cantando juntos e interagindo com a música brasileira. Não há duvidas de que vamos sentir saudade. E que bom que os vídeos estão aqui, pra provar o quanto o momento foi especial. Obrigada pela participação de cada um de vocês. É isso que torna tudo mais importante. Obrigada mais uma vez Cláudia, você é a musicista oficial do nosso projeto.

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

Coisas da nossa infância e o brigadeiro

Outro dia na aula, o Nando Araújo (muito popularmente conhecido como Mola) trouxe ao grupo uma temática muito interessante, que nunca tinha passado pela minha cabeça abordar: a infância no Brasil.

Eu no momento em que ele me sugeriu se poderia participar dando essa contribuição, achei incrível contar um pouco para tantas pessoas de países diferentes o que nós (a maioria que viveu os loucos anos 90) fazíamos, os desenhos animados, as brincadeiras de roda, jogar taco, na rua com a turma amarelinha e tantas outras coisas que preencheram aqueles anos invesquecíveis. (ainda que pareça nostalgico, não tenho certeza se a geração de agora vive tão intensamente esse tipo de coisa, talvez haja tecnologia em excesso, o que na minha opinião pode bloquear um pouco a criatividade e a vontade de se sujar no quintal, na rua ou em qualquer outro lugar).

O Mola, com seu jeito divertido e bem humorado apresentou vídeos e músicas daquela época. Desde a Xuxa (conhecida por todos os latino americanos presentes na sala), passando pela TV Colosso (que parece estar voltando! :D), o Castelo Rá-Tim-Bum e muito mais.

Mas, o que eu achei mais interessante da apresentação, foi ele lembrar de citar como são as festas de aniversário por aqui. Os salgadinho, o bexigão, os docinhos e é claro da tamanha importância do BRIGADEIRO!

Ai, outra surpresa: muitos ainda não tinham experimentado esse quitute fácl de preparar, que encanta a todos que comem, e essencial não apenas em festas de crianças, mas em qualquer momento em que uma sobremesa se faça necessária.

Por isso, quero contar pra vocês um pouco mais sobre a história do Brigadeiro (e segue abaixo uma receitinha, pra que todos possam aprender a fazer)

Acredita-se que ele tenha sido inventado na década de 20 ou 30, com a chegada do ingrediente principal: o leite condensado. Mas, foi perto do ano 1945 que ele se popularizou com o nome que se conhece hoje, por conta da campanha eleitoral do candidato Brigadeiro Eduardo Gomes disputou com Eurico Gaspar Dutra a presidência da República, sendo derrotado nas urnas.

Gomes tinha o slogan “Vote no Brigadeiro, que é bonito e é solteiro” ganhando o coração das moças na época, que preparavam negrinhos em casa e os vendiam nas ruas com o nome de brigadeiro, fazendo alusão e Gomes e destinando o dinheiro da venda ao fundo de campanha. E em pouco tempo o nome pegou e se espalhou pelo país.

Independente de como ele surgiu, o que importa mais é saber fazê-lo. Aliás, é fácil de prepar, e acompanha bem qualquer ocasião (principalmenete aniversários)

Essa é a receita pra fazer enroladinho – mas dá pra simplesmente  “comer de colher” como falamos aqui.

Ingredientes

1 lata de leite condensado
1/2 medida de lata de leite
1 colher (sopa) de manteiga
3 colheres (sopa) de chocolate em pó
2 xícaras (chá) de chocolate granulado
40 forminhas de brigadeiro

Modo de Preparo

1. Com um pincel, unte um prato com um pouco de manteiga. Reserve.

2. Separe as forminhas umas das outras com cuidado e disponha numa travessa pequena. Reserve.

3. Numa panela, misture o leite e o chocolate em pó. Leve ao fogo baixo e mexa bem, até dissolver o chocolate.

4. Junte o leite condensado, a manteiga e, quando ferver, calcule 15 minutos cozinhando, sem parar de mexer, ou até aparecer o fundo da panela. Retire a panela do fogo e transfira o brigadeiro para o prato untado. Deixe esfriar.

5. Numa tigelinha, coloque o chocolate granulado e deixe ao lado do prato com a massa de brigadeiro.

6. Espalhe um pouco de manteiga na palma das mãos e, com a ajuda de 1 colher de chá, faça bolinhas de 2,5 cm. Passe as bolinhas pela tigelinha com o chocolate granulado, envolvendo cada uma muito bem. Em seguida, coloque as bolinhas nas forminhas. Sirva a seguir.

Fonte: Panelinha- panelinha.ig.com.br/